sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Etc: O meu desafio é andar sozinho.






Uma amiga super querida me indicou umas musicas e dentre elas estava João de Barro, nem escultei... sabei que não iria gostar, afinal é tipico de nós tentarmos adivinhas se vai gostar ou não de tal coisa antes mesmo de pratica-la. "Você gosta de lagosta?" "Não" "Já comeu?" "Não". Tipico! Resolvi dá uma segunda chance, tudo merece uma segunda chance... apertei o play e pensei, não tenho nada a perder mesmo, agora? Leandro Léo me canta João de Barro e quase tenho convulsões de pavor, porque olha, eu me encaixo no desenho de cada letra e moro em cada acorde. “O meu desafio é andar sozinho.” Dentro de um ônibus lotado ou andando na rua, cheia de gente, como posso eu então, dizer que sou só? Diz. Diz porque eu não entendo porque essa música me ataca dessa forma, como uma animal selvagem e, eu não tenho rota de fuga traçada. Eu não tenho um plano B. “Me ensina a caminhar” porque minhas pernas parecem quebradas, ou minha caminhada é como num pesadelo em que você corre com o coração quase pulando pela garganta mas fica no mesmo lugar. Eu espero quase parada no tempo pelo que o destino quiser e bem entender, o corpo fraco não luta mais. E de tudo que me é dito é a ausência do teu olhar que mais machuca, corta a garganta e deixa vazar tudo que eu não falei pelos lábios. É um poema cantado que me dá uma rasteira a cada estrofe, e quando já estou a me erguer caio sucumbindo a letra que é uma história minha, que guardo em segredo. “Oh meu Deus, me traz de volta essa menina” que chamo todas as noites, que choro sob a lua porque tudo que eu tenho é o seu amor. Me destrói o poema de outra alma quase que escrito pra mim e, espero na janela o joão de barro trazer nas asas um novo dia pra me ensinar de vez como guardar meu amor porque eu não sei. Eu não sei.



Nenhum comentário:

Postar um comentário